
Caso foi registrado na manhã de quinta-feira (9), em Araçatuba, interior de São Paulo. Agressor foi preso em flagrante e confessou agressões. Ouça áudio da mulher que discou 190 para 'fazer o cabelo' e denunciou companheiro A Polícia Militar de Araçatuba (SP) divulgou a gravação do telefonema da moradora que discou 190 e fingiu querer "fazer o cabelo" para denunciar o companheiro por violência doméstica (ouça o áudio acima). O caso foi registrado na manhã desta quinta-feira (9). Uma viatura foi enviada para o endereço informado pela mulher. A vítima estava com hematomas no rosto e afirmou que foi ameaçada de morte e agredida. O homem foi abordado e confessou a agressão, sendo preso na sequência. Confira abaixo a transcrição completa do áudio. Alguns trechos da conversa foram censurados para não expor a vítima. Atendente: Polícia Militar, emergência. Vítima: oi, é. Trecho de áudio censurado. Atendente: pois não, senhora. Vítima: trecho de áudio censurado. Atendente: não entendi, senhora. Como posso ajudar a senhora? Vítima: não, é o endereço. Atendente: ah, entendi. É o endereço da senhora. Vítima: é que você me mandou para fazer o cabelo. Atendente: como é o nome da senhora? Vítima: não, é que você me mandou para passar o endereço para fazer o cabelo. É fundo. Tem um portãozinho. Atendente: que bairro que é, senhora? Como é que é o nome da senhora? Vítima: áudio censurado. Atendente: que cidade que é? Vítima: áudio censurado. É um salão de beleza. Atendente: a senhora está precisando da Polícia Militar? Vítima: tá bom? Atendente: tá bom! Vítima: pode ser? Atendente: pode ser. Vítima: não. É que você me mandou o endereço para fazer o cabelo, e eu estou te passando. Atendente: endereço para fazer o cabelo? Tá bom, senhora. Vítima: áudio censurado. É um portãozinho. Tem até a plaquinha. Atendente: tá bom, senhora. Disponha da Polícia Militar. Tenha um bom dia. Vítima: tá bom. Obrigada. Tchau, tchau. Entonação de voz Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) Stephanie Fonseca/G1 Atuando como estagiário do Centro de Operações da Polícia Militar do Estado de São Paulo (Copom), o cabo Jimmy Carlos da Silva foi o responsável por atender o telefonema. "Atendi com o procedimento operacional padrão da Polícia Militar. A mulher começou a falar o endereço, a numeração, a localização e disse que o corte de cabelo estava marcado", explica Jimmy. Incumbido de acompanhar Jimmy, o cabo Cleber William Frare Beneguer percebeu que podia se tratar de um pedido de ajuda. "A mulher estava meio assustada, mas falando audivelmente. A entonação de voz deu a perceber que a mulher estava com medo de uma pessoa que estava por perto. O cabo desconfiou da situação", diz Jimmy. Cleber relata que orientou Jimmy a perguntar se a mulher realmente sabia que tinha ligado para a Polícia Militar. "Ela respondeu que sabia e passou o horário e o endereço. Foi quando orientei o Jimmy a cadastrar a ocorrência, porque, possivelmente, era um pedido de socorro de uma pessoa que estava sendo coagida por alguém e não tinha condições de passar mais informações", explica Cleber. Por conta da atitude e do treinamento dos dois policiais, uma viatura foi enviada para o endereço informado pela mulher. "Tivemos êxito em ajudar a vítima e prender o agressor. A mulher fingiu marcar horário para cortar o cabelo de alguém. Infelizmente, existem muitos casos de trotes, então ficamos muito gratificados quando a pessoa pede por ajuda e temos a possibilidade de ajudar", diz Cleber. Segundo a Polícia Militar, a mulher correu da casa assim que viu a viatura se aproximar e contou que estava sendo ameaçada de morte e agredida pelo companheiro. A vítima apresentava hematomas no rosto. Ela foi socorrida, encaminhada ao Pronto-Socorro Municipal e liberada. Veja mais notícias da região no g1 Rio Preto e Araçatuba VÍDEOS: confira as reportagens da TV TEM
EmoticonEmoticon