Nobel de Medicina premia estudos que permitiram avanços no combate ao câncer e à anemia

Pesquisa de dois cientistas americanos e um britânico explica como as células detectam e se adaptam à disponibilidade de oxigênio. Nobel de Medicina premia estudos que permitiram avanços no combate ao câncer e à anemia Dois americanos e um britânico ganharam o prêmio Nobel de Medicina por trabalhos que ajudam no combate a doenças como o câncer e a anemia. Talvez poucas coisas sejam tão básicas na fisiologia humana quanto respirar. Inspiramos e o ar carrega o oxigênio para os nossos pulmões e as nossas células usam essas moléculas para gerar energia para tudo. Agora dependendo do que eu estivesse fazendo ou de onde eu estivesse esse comportamento das minhas células seria diferente. Quando estamos fazendo exercícios, precisamos de mais oxigênio do que quando estamos dormindo. Quem está no alto de uma montanha tem menos oxigênio à disposição do que quem está no nível do mar e o nosso corpo se adapta a essas variações. Essas causas e efeitos já eram conhecidos, mas o que os cientistas americanos William Kaelin e Gregg Semenza e o britânico Peter Ratcliffe conseguiram explicar é o mecanismo que faz com que as células percebam essas diferentes ofertas e demandas de oxigênio e se adaptem. Entender esse sistema pode ajudar no tratamento de doenças ligadas à escassez de oxigênio: anemias, ataques cardíacos e derrames por exemplo. Ou também no tratamento de cânceres, em as células cancerígenas roubam oxigênio das partes saudáveis do corpo. O prêmio foi visto como um reconhecimento da pesquisa básica. É uma descoberta que de acordo com o comitê do Nobel deve estar nos livros de biologia de crianças e adolescentes. Por isso mesmo é tão genial e importante.

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