Pacientes reclamam de falta de atendimento em hospitais da Grande SP nesta segunda

Seis unidades de saúde passaram a receber apenas pacientes graves. Quatro estão na capital paulista: Hospital Geral do Itaim Paulista, Hospital Geral da Vila Alpina, Hospital do Grajaú e Hospital da Pedreira. Pacientes reclamam de falta de atendimento Pacientes reclamam de falta de atendimento em alguns hospitais da Grande São Paulo nesta segunda-feira (1º). O motivo é que seis unidades de saúde da região passaram a atender apenas pacientes graves. A mudança vale para o Hospital Geral do Itaim Paulista, Hospital Geral da Vila Alpina, Hospital do Grajaú e Hospital da Pedreira, na capital. Já na região metropolitana as mudanças valem para o Hospital Geral de Itapecerica da Serra, de Mogi das Cruzes. O governo do estado disse que a medida é para priorizar o atendimento de urgência e emergência nesses hospitais, porque eles são mais preparados. Na prática os hospitais atenderão casos em que o paciente pode morrer se não tiver um socorro imediato. Essas pessoas atendidas nestas unidades de saúde serão encaminhadas por outros hospitais ou chegarão de ambulância. A dona de casa Dora Oliveira conta que foi atendida em um desses hospitais no sábado (30). Na ocasião, ela foi diagnosticada com um coágulo no cérebro. Nesta segunda, ela voltou a apresentar dor de cabeça, mas não conseguiu atendimento. "[Disseram] que só pega vindo de ambulância do pronto socorro. Se vier de ambulância eles atendem, vindo direto eles não atendem", conta Dora. A babá Rosane Lopes conta que seu filho está sentindo dores no abdômen e que ela não conseguiu atendimento nem no Hospital Geral de Itapecerica, nem no Hospital Municipal da cidade. "Desisti, estou indo lá para o Hospital M'boi Mirim, porque não tem condições. A gente não tem outro atendimento aqui na região. O único hospital que a gente conta é o hospital geral e fechou as portas. como a gente vai fazer?", relata Rosane. No entanto, segundo a gestão estadual, por enquanto, os moradores continuam recebendo atendimento e orientação. "A dor de cabeça, a dor nas costas, a necessidade de trocar uma receita. Esses casos ainda serão atendidos nos pronto-socorros, mas serão orientados para que busquem atendimento nas unidades básicas próximas das suas residências", disse o secretário executivo da secretaria estadual da Saúde, Eduardo Ribeiro. "Se alguém em estado grave procurar diretamente essas unidades, ele também será atendido. Isso é importante. As unidades não fecham suas portas para a população, eles só ajustam ao atendimento aos casos mais graves, que excepcionalmente podem ser procurados diretamente no pronto-socorro", disse Ribeiro. As pessoas que não são atendidas no hospital são direcionadas para procurar ajuda em unidades de prontos-socorro. A costureira Caroline Santos está grávida de seis meses e faz acompanhamento na maternidade do hospital municipal. Ela conta que esperou 3 horas por atendimento nesta segunda (1) e que o local não costuma ser cheio. Segundo a costureira, o motivo da demora foi o hospital que está fechado. "Eles estão colocando o pessoal todo aqui", diz. Segundo o governo do estado, um grupo técnico irá fazer reuniões semanais para avaliar o andamento dessas mudanças. "Além de manter hospitais e auxiliar a rede pública, a secretaria da saúde também mantém uma estratégia de gestão dos leitos, com o suporte da central de regulação de vagas", disse o governo.

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