Beneficiários do auxílio emergencial enfrentam filas e aglomerações para sacar os R$ 600 em Arujá

Situação contraria o decreto de isolamento social, que determina medidas de prevenção ao novo coronavírus. Moradores de Arujá enfrentam filas para receber auxílio emergencial Beneficiários do Auxílio Emergência de Arujá enfrentaram mais um dia de filas para poder sacar os R$ 600, nesta terça-feira (28). A situação gera filas e aglomerações em pleno isolamento social. As filas ficam enormes nas ruas. Clientes sentados na calçada por causa da longa espera. Bruna Ferreira está grávida de cinco meses, enfrentou sete horas de fila e não resolveu a situação. "Eu não tive prioridade. Eu falei para ela que estava acontecendo comigo, que eu tenho bronquite asmática, estou gestante, que eu preciso pegar um cartão já faz dois meses que está dando este problema na minha conta. Que já caiu na minha conta, mas ainda não tem o cartão azul. E ela falou para eu voltar às 9h para pegar a senha preferencial e tentar entrar na agência", diz. Ela foi até a agência com a vizinha, a manicure Rosimeire de Lima, que também não conseguiu entrar na agência. "Eu baixei o aplicativo, fui aprovada, depois me informei no telefone 111, e está falando que o meu benefício foi liberado e desde o dia 22 foi creditado na minha conta, mas não tem saldo na minha conta. Está na mesma. O dinheiro foi para quem? Ela falou para eu voltar amanhã", conta. No Centro de Arujá havia vários locais na mesma situação: pessoas colocando a saúde em risco para resolver assuntos financeiros, muitas vezes urgentes. Não havia pessoas para orientar, organizar essas filas, ainda que a cidade tenha publicado uma resolução que impõe regras para as agências bancárias, lotéricas e outros locais com esse perfil. Há, inclusive, um item específico que trata do lado de fora desses estabelecimentos. “As instituições bancárias vão precisar disponibilizar um colaborador com álcool gel, luvas, máscaras, triando as filas e orientando para que os clientes se utilizem de outros canais”, ressaltou a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Vanessa Garofani Bachur. As medidas começaram a valer na última sexta-feira. “A fiscalização vai ser feita pela guarda que já estava atuando na fiscalização e contenção da aglomeração e das filas do lado externo das instituições bancárias e lotéricas, mas agora vamos ter a parceria com os bancos, vamos diminuir essa responsabilidade com eles", pontuou. Enquanto isso, tem gente como o ajudante geral Anderson Pereira da Silva, que convive com o perigo, porque se ficar em casa, fica sem o mínimo para sobreviver. "Chega em casa e não tem arroz, não tem feijão, mistura e nem nada. Você depende do seu serviço, ele é fechado. Você depende do seu dinheiro, e ele nunca chega, você fica esperando. Tem que enfrentar para receber e comprar alguma coisa", pontua. O comitê criado pela Prefeitura de Arujá ainda está definindo as penalidades para quem não cumprir as medidas sanitárias. Mesmo assim, a administração municipal disse que vai intensificar a fiscalização feita pela Guarda Civil.

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